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Igreja Paroquial de S. Bartolomeu do Beato

A igreja paroquial de S. Bartolomeu do Beato está integrada no conjunto de edifícios de que fazia parte também o convento dos “frades Grilos”.

Norberto de Araújo definiu o prédio como sendo de “uma só nave e ostenta no corpo seis capelas, três por cada lado, e duas colaterais no transepto. Pela esquerda temos a capela de S. Sebastião, onde esteve também uma tradicional imagem de N.ª S.ª das Barraquinhas (deliciosa invocação da qual não se sabe a origem, e representada numa pintura a óleo), ou de N.ª S.ª do Bom Despacho, imagem principal da capela; a seguir está a capela do Santíssimo, na qual se vê uma imagem da N.ª S.ª da Soledade. Pelo lado direito, há a capela do Senhor dos Passos, a de N.ª S.ª do Carmo e, finalmente, a capela de N.º Sr. da Cana Verde, outra pitoresca invocação.

As capelas do transepto são: a do Sagrado Coração de Jesus, antiga de N.ª S.ª da Graça, e a N.ª S.ª das Dores, antiga da Soledade.

A capela-mor ostenta alguns materiais nobres, sendo o altar-mor ornado de colunas salomónicas enfloradas, em mármore policromo e coroado de armas reais. Neste altar estão as imagens de N.ª S.ª do Monte Olivete, orago do convento, de S. Bartolomeu, orago da paróquia e de S. Agostinho.

O teto da Igreja não tem interesse: estuque em abóbada de arco de cesto. Na Sacristia vemos azulejos historiados, bons, do século XVIII; dois quadros, representando N.ª S.ª da Boa Viagem e a Fuga para o Egipto”.

A igreja, sede da Paróquia do Beato desde fins de 1835, foi fundada em 1666 por frei Manuel da Conceição, que caíra nas boas graças da rainha D. Luísa de Gusmão. Construída sob a invocação de Nossa Senhora do Monte Olivete, a igreja do Grilo (como é habitualmente designada) veio substituir a sede paroquial de S. Bartolomeu, que, inicialmente, ficava junto ao castelo de S. Jorge, e já existia desde 1168, sendo uma das paróquias mais antigas da cidade de Lisboa.

Um grande incêndio, em 1683 destruiu totalmente a igreja de S. Bartolomeu que, contudo, começou a ser reconstruída no ano seguinte. O cataclismo de 1755 não lhe causou grandes danos, mas obrigou a novos restauros, também registados em 1896 e já no século XX.